segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Agora sim a lua falta um pedaço

Na última sexta-feira (09/10), cientistas da NASA lançaram um foguete que atingiu a lua a uma velocidade de mais de 9 mil km/h. Eles disseram que o objetivo da missão era encontrar vestígios de água no satélite natural da Terra. Gente, é o cúmulo da falta do que fazer. Isso é um absurdo! A corrida espacial voltou em versão 2.0.

Não bastasse o que já estamos fazendo com o nosso planeta, agora eles querem fazer o mesmo com a coitada. É brincadeira. Quem me deu a notícia foi a minha mãe, e eu disse na hora “Que isso! Isso é impossível”. Tive de entrar na internet, e checar nos sites de notícias para ver se era verdade. A decepção veio em segundos. Nada contra eles fazerem pesquisas, mas daí começarem a destruí-la?!

Aí, vieram com aquele discurso eufemista dizendo que era por uma boa causa, porque, se descobrirem água lá, isso pode ser uma fonte reserva para a Terra no futuro... Primeiro, temos é que pensar em salvar o planeta e não ficar dependendo da probabilidade de ter água em outro lugar. E nas consequências? Será que eles não pensaram? Tinha gente até achando que essa onda de chuvas, tsunamis e terremotos tinha alguma ligação com tudo isso. Agora, quando alguém chegar perto de você e disser “A Lua é boa, mas falta um pedaço” você pode completar, dizendo “Graças à NASA”.

 
Por um mundo melhor:
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domingo, 11 de outubro de 2009

"Maysa - Quando Fala o Coração"

Em 2001, a Rede Globo levava ao ar a minissérie “Presença de Anita”, escrita por Manuel Carlos. A história era super intrigante e envolvente. Trazia o enredo de um escritor, Fernando, que se apaixonou loucamente por uma ninfeta, Anita, que também despertara o primeiro amor do jovem rapaz, Zezinho. Assim, formavam o triângulo amoroso que deu vida à trama.

Foi quando conheci o trabalho de Maysa Figueira Monjardim (ou Matarazzo) ou, simplesmente, Maysa. A abertura da minissérie, além de muito bem bolada, trazia uma voz. Aquela voz me fascinou. Interpretando o sucesso em francês, “Ne me quitte pas”, Maysa prendeu a atenção dos telespectadores, inclusive a minha. Desde então, comecei a pesquisar sobre a cantora.

Os anos se passaram e, em janeiro deste ano, (oito anos depois) a Rede Globo estreou outra minissérie. Desta vez, tratava-se de uma obra da vida da própria. “Maysa - Quando Fala o Coração”, também escrita por Maneco, foi dirigida por Jayme Monjardim, filho dela.

A minissérie trazia a história da vida desta maravilhosa artista brasileira que nos deixou, em 1977, num trágico acidente automobilístico, na Ponte Rio-Niterói. Maysa tinha apenas 40 anos e o pequeno Jayminho ficou órfão de pai e mãe.

Para homenagear esta espetacular artista, vou postar um de seus maiores sucessos:

Ne Me Quitte Pas
Jacques Brel
Ne me quitte pas
Il faut oublier
Tout peut s'oublier
Qui s'enfuit déjà
Oublier le temps
Des malentendus
Et le temps perdu
À savoir comment
Oublier ces heures
Qui tuaient parfois
À coups de pourquoi
Le coeur du bonheure
Ne me quitte pas (x4)

Moi je t'offrirai
Des perles de pluie
Venues de pays
Où il ne pleut pas
Je creuserai la terre
Jusqu'après ma mort
Pour couvrir ton corps
D'or et de lumière
Je ferai un domaine
Où l'amour sera roi
Où l'amour sera loi
Où tu seras reine
Ne me quitte pas (x4)

Ne me quitte pas
Je t'inventerai
Des mots insensés
Que tu comprendras
Je te parlerai
De ces amants là
Qui ont vu deux fois
Leurs coeurs s'embrasser
Je te raconterai
L'histoire de ce roi
Mort de n'avoir pas
Pu te rencontrer
Ne me quitte pas (x4)

On a vu souvent
Rejaillir le feu
De l'ancien volcan
Qu'on croyait trop vieux
Il est paraît-il
Des terres brûlées
Donnant plus de blé
Qu'un meilleur avril
Et quand vient le soir
Pour qu'un ciel flamboie
Le rouge et le noir
Ne s'épousent-ils pas
Ne me quite pas (x4)

Ne me quite pas
Je ne veux plus pleurer
Je ne veux plus parler
Je me cacherai là
À te regarder
Danser et sourire
Et à t'écouter
Chanter et puis rire
Laisse-moi devenir
L'ombre de ton ombre
L'ombre de ta main
L'ombre de ton chien
Ne me quitte pas (x4)

sábado, 3 de outubro de 2009


Sexta-feira, 02 de outubro de 2009. Tanto o governador como o prefeito da cidade maravilhosa decretaram ponto facultativo. Enquanto, no metrô, o povo se dirigia para a praia de Copacabana desde cedo, eu ia para mais um dia de trabalho. Que batalha! Aguentar a hora da decisão do resultado da cidade sede dos Jogos Olímpicos de 2016 não foi fácil.

O expediente estava tenso. E na TV, rádio, internet, Twitter, jornais, entre outros meios de comunicação, se limitavam a falar dos jogos. Lógico! Naquele momento, nada era mais importante. Até a fraude no Exame Nacional do Ensino Médio ficou coadjuvante neste 2 de outubro histórico para o País.

O início da tarde se aproximava. E o famoso “Boa Tarde”, de Sandra Annenberg, estava verde-amarelo, ou melhor, mais amarelo do que verde, porque a apresentadora do Jornal Hoje, da TV Globo, estava com uma blusa à la canarinho. Mais gema de ovo era impossível. Mas pelo menos foi por uma boa causa, né. Hehe...

A primeira a ficar para trás foi Chicago. Logo em seguida, os japas também perderam a disputa. Sobrou Madri. O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Jacques Rogge, até se atrapalhou na hora de abrir o envelope com o resultado. Pensei logo: xiiii... MACUMBA! O envelope estava de cabeça para baixo. Hahahahaha... E outra: ele veio numa bandeja de louça. Primeira pergunta: para quê? Por fim, o resultado saiu e o Rio levou a melhor.

Parabéns à cidade que mais uma vez conseguiu trazer um grande evento para o Brasil, mesmo com muitos torcendo contra, como os paulistas (sempre eles), ou pessoas que chamam os cariocas de favelados, funkeiros imbecis, ou que não gostam de trabalhar, dentre outras coisas. Segundo dados divulgados pela imprensa, cerca de trinta mil pessoas estavam na praia de Copacabana para acompanhar o resultado. E depois do resultado foi só festa. Como diz o Dicró: “Churrasco pra todo mundo".

E mal a notícia foi divulgada, já estão surgindo os do contra por aí dizendo que o governo vai roubar dinheiro do contribuinte com obras superfaturadas para a realização dos jogos, que o Brasil tinha coisas mais importantes para resolver antes de sediar uma olimpíada, e blá, blá, blá... Aff...

Ora, se todos os países que já sediaram a olimpíada tivessem de resolver antes seus problemas como corrupção, violência, pobreza, falta de investimento aqui ou acolá, NUNCA haveria olimpíada em lugar nenhum. Corrupção existe em todo lugar, pobreza também, falta de investimentos idem. Os Jogos de Atlanta (EUA), em 1996, por exemplo, foram um verdadeiro pandemônio. Falta disso, falta daquilo. Ninguém poderia esperar tanta desorganização da maior potência mundial. Isso ninguém lembra.

É lógico que o nosso PAN não foi lá essas coisas. Na época, a crise no PT afundou ainda mais a imagem do presidente e o povo, revoltado com aquela situação e com a chuva de escândalos, o vaiou em plena cerimônia de abertura dos jogos no Maraca. Sem contar que em muitas competições tivemos de testemunhar a falta de educação de alguns torcedores tupiniquins que cismavam em vaiar os atletas de outros países. Ô gente... E sem falar nos escândalos de superfaturamentos das obras e do abandono de algumas instalações depois da realização dos jogos.

Na contramão de muitos brasileiros, sou simpatizante ao presidente Lula. Sim, e daí? Claro que de vez em quando ele dá algumas mancadas; ou diz o que não deve na hora errada; ou que não sabe de nada; volta da CPMF, escândalos envolvendo o PT, enfim... Porém, mesmo assim simpatizo com O Cara. Se somarmos todas as conquistas para o País com o PT à frente no governo brasileiro podemos tirar aí um saldo médio. PROUNI, Jogos Pan Americanos, conquista da Copa de 2014 e agora a das Olimpíadas de 2016. Não se pode negar que tudo isso não causou nenhum impacto na vida do brasileiro. Até os mais pessimistas, no fundo, dão o braço a torcer.

Muitas pessoas que antes não sabiam como seria o futuro na época da escola, hoje já planejam até fazer pós-graduação, graças ao Programa Universidade para Todos. Isso, com certeza,  não deve ter tido nenhum impacto para a classe média, mas para um garoto da favela, que enfrenta tiroteios, pobreza, enchentes e que tem um ensino de quinta na escola, a universidade pôde lhe trazer uma esperança de melhorar a sua história e ajudar a sua família. O ideal seria que não houvesse esse sitema de cotas, pois o correto seria as escolas oferecerem um ensino de qualidade para todos. Como isso não acontece na prática, o PROUNI veio para tentar "corrigir" esse erro.

O primeiro passo foi dado. Agora, precisamos pressionar o governo para termos mais investimentos em esportes, principalmente nas escolas, e patrocínio para os nossos atletas. E cobrar tudo o que foi prometido para a realização desses jogos, pois, afinal, o dinheiro sairá dos nossos bolsos. Portanto, se “We Can”We Pay Too”. Vamos comemorar, mas, também, cobrar.